19/11/13

Presbiterianismo

Presbiterianismo se refere as igrejas cristãs protestantes que aderem à tradição teológica reformada (calvinismo) e cuja forma de organização eclesiástica se caracteriza pelo governo de uma assembleia de presbíteros, ou anciãos. Há muitas entidades autônomas em países por todo o mundo que subscrevem igualmente o presbiterianismo. Para além de distinções traçadas entre fronteiras nacionais, os presbiterianos também se dividiram por razões doutrinais, em especial em seguida ao Iluminismo. A Igreja Presbiteriana é oriunda da Reforma Protestante do século XVI, e mantém o caráter de Igreja Católica (o termo "católico", derivado da palavra grega: καθολικός (katholikos), significa "universal" ou "geral"), como declarado no Credo dos Apóstolos. É uma denominação cristã comprometida com valores éticos e morais. Sua atuação no contexto social brasileiro, por exemplo, é marcante, através de instituições de ensino desde o infantil até o superior, que têm alcançado excelência e reconhecimento internacional, como por exemplo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto Presbiteriano Gammon, entre outras. História do Presbiterianismo O nome destas denominações deriva da palavra grega presbyteros, que significa literalmente "ancião". O governo presbiteriano é comum nas igrejas protestantes que foram modeladas segundo a Reforma protestante suíça, notavelmente na Suíça, Escócia, Países Baixos, França e porções da Prússia, da Irlanda e, mais tarde, nos Estados Unidos. Na Inglaterra, Escócia e Irlanda, as igrejas reformadas que adotaram uma forma de governo presbiteriano em vez de episcopal ficaram conhecidas como igrejas Presbiterianas.Na Escócia, John Knox (1505-1572), que estudara com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma em 1560. A primeira Igreja Presbiteriana, a Church of Scotland (ou Kirk), foi fundada como resultado disso. Na Inglaterra, o presbiterianismo foi estabelecido secretamente em 1572, nos finais do reinado da raínha Elizabeth I de Inglaterra. Em 1647, por efeito de uma lei do Longo Parlamento sob o controle dos Puritanos, o presbiterianismo foi estabelecido para a Igreja Anglicana (Church of England). O restabelecimento da monarquia em 1660 trouxe também o restabelecimento da forma de governo episcopal na Inglaterra (e, por um período curto, na Escócia); mas a Igreja Presbiteriana continuou a ser considerada não-conforme, fora da igreja estabelecida. Na Irlanda, o presbiterianismo foi estabelecido por imigrantes escoceses e missionários ao Ulster. O presbitério do Ulster foi formado separadamente da igreja estabelecida, em 1642. Todos os três, ramos muito diversos do presbiterianismo, bem como igrejas independentes e algumas denominações Holandesas, Alemãs e Francesas, foram combinadas nos EUA para formar aquilo que se tornou conhecido como a Presbyterian Church USA (1705). A igreja presbiteriana na Inglaterra e País de Gales é a United Reformed Church, enquanto que esta tradição também influenciou a Igreja Metodista, fundada em 1736. Os Presbiterianos destacam-se pelo incentivo à educação, entre as inúmeras instituições presbiterianas espalhadas pelo mundo destacam-se a Yale University, Universidade de Princeton e o Instituto e Universidade Mackenzie. O governo presbiteriano O governo presbiteriano é uma forma de organização da Igreja que se caracteriza pelo governo de um Presbitério, ou seja: uma assembléia de presbíteros, ou anciãos. Esta forma de governo foi desenvolvida como rejeição ao domínio por hierarquias de bispos individuais (forma de governo episcopal). Esta teoria de governo está fortemente associada com os movimentos da Reforma Protestante na Suíça e na Escócia (calvinistas), com as igrejas reformadas e mais particularmente com a Igreja Presbiteriana. O Presbiterianismo assenta em pressupostos específicos sobre a forma de governo desejada pelo Novo Testamento: A função do ministério da palavra de Deus e a administração dos sacramentos é ordinariamente atribuída ao pastor em cada congregação (igreja) local. As congregações são núcleos dependentes da igreja local. A administração da ordenação e legislação está a cargo das assembleias de presbíteros, entre os quais os ministros e outros anciãos são participantes de igual importância. Estas assembléias são chamadas concílios. Todas as pessoas são sacerdotes, preocupado com a sua própria salvação, em nome dos quais os anciãos são chamados a servir pelo assentimento da congregação (sacerdócio de todos os crentes). Desta forma, o papel governamental dos presbíteros é limitado à tomada de decisões quando há uma reunião, sendo de resto a função dos pastores e o serviço da congregação, orar por eles e encorajá-los na sua fé. Esta forma de governo permite a flexibilidade na tomada de decisão, em contraste com o que acontece nas Igrejas em que bispos detêm um poder concentrado. Os concílios presbiterianos crescem em gradação hierárquica. Cada Igreja local tem o seu concílio, chamado de sessão ou conselho. As igrejas de uma determinada região compõem um concílio maior chamado presbitério. Os presbitérios, por sua vez, compõem um sínodo. O concílio maior numa igreja presbiteriana é a assembleia geral ou supremo.

Os Apóstolos

Por R.C.Sproul Rm 1.1-6; Rm 11.13; 1 Co 9.2; 1 Co 15.9; Hb 3.1 Visto que doze daqueles que foram discípulos de Cristo posteriormente se tornaram seus apóstolos, os dois termos, discípulo e apóstolos, com freqüência se confundem. Embora os termos sejam intercambiáveis, não são exatamente sinônimos. Um discípulo é definido na Bíblia como um "aprendiz", alguém que estava em contato com a instrução rabínica de Jesus. Embora os apóstolos fossem discípulos, nem todos os discípulos se tornaram apóstolos. Um apóstolo exercia uma função especial na igreja do Novo Testamento. O termo apóstolo significa "aquele que é enviado", Tecnicamente, contudo, um apóstolo, era mais que um mensageiro. Ele era comissionado com a autoridade para falar e para representar aquele que o havia enviado. O principal apóstolo no Novo Testamento é o próprio Jesus. Foi enviado pelo Pai e falou com a autoridade investida nele pelo Pai. Rejeitar Jesus era rejeitar o Pai que o enviara. Semelhantemente, os apóstolos foram chamados e comissionados diretamente por Cristo e falavam por Cristo e falavam com sua autoridade. Rejeitar a autoridade apostólica era rejeitar a autoridade de Cristo, que os enviara. No novo Testamento, doze discípulos foram comissionados como apóstolos. Depois da morte de Judas, a Igreja preencheu a vaga escolhendo Matias, conforme o registro de Atos. A este número Jesus adicionou o apóstolo Paulo, como o apóstolo especial aos gentios. O apostolado de Paulo foi assunto de muito debate, porque ele não preenchia todos os requisitos apostólicos determinados no livro de Atos. O Critério para o apostolado incluía: (a) Ter sido discípulo de Jesus durante seu ministério terreno; (b) Ter sido testemunha ocular da Ressurreição e, (c). Ser chamado e comissionado diretamente por Cristo. Paulo não fora discípulo antes, e sua visa do Cristo ressurreto acorreu depois da ascensão de Jesus. Ele também não era testemunha ocular da Ressurreição da mesma forma que os demais apóstolos haviam sido. Apesar de tudo isso, Paulo foi chamado diretamente para a função pelo próprio Cristo. Seu chamado foi confirmado pelos outros apóstolos, cujo apostolado não foi questionado e foi autenticado pelos milagres que Deus operou por meio dele, atestando sua autoridade com um agente apostólico da revelação. No final do primeiro século, os pais pós-apostólicos reconheceram claramente que a autoridade deles estava subordinada à dos apóstolos originais. Não há apóstolos oficiais vivos atualmente, visto que ninguém pode preencher os requisitos bíblicos para o ofício nem pode ser confirmado pelos apóstolos originais, como Paulo o foi, A Bíblia é a única autoridade apostólica para nós hoje. Sumário 1. Os termos discípulos e apóstolos não são sinônimos. Discípulo = aprendiz Apóstolo = aquele que é enviado com autoridade para falar em lugar daquele que o enviou. 2. Jesus era o "Apóstolo do Pai" 3. Os requisitos bíblicos para o apostolado incluíam o seguinte: (a) ser um discípulo de Jesus (b) ter sido testemunha ocular da ressurreição de Jesus. (c) ter sido chamado diretamente por Jesus. 4. O apostolado de Paulo foi único e precisou ser confirmado pelos outros apóstolos. 5. No sentido bíblico, não há mais apóstolos atualmente. 6. Hoje a autoridade apostólica encontra-se na Bíblia. _
_______________ Autor: R. C. Sproul Fonte: 3º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – Editora Cultura Cristã.