25/02/14

Estudo Bíblico sobre Carnaval: Vontade da Carne

Carne, no sentido natural da palavra, significa "tecido muscular do homem e dos animais"; mas eu quero falar da carne na visão espiritual. Ela significa vontade para o pecado, e a tentação ao Espírito Santo com as coisas que o mundo oferece para quebrar a retidão do crente em Jesus, pois o Espírito sempre está pronto para a batalha contra a tentação, mas a carne é fraca (Mt 26:41). É aí que se vigia, ora e intercede contra o espírito maligno que rege a carne, e é também onde devemos entrar em Guerra Espiritual, não contra o nosso irmão, mas contra esse mal que está quebrando a homogeneidade do crente com o Senhor (Ef 6:12). Para nos mantermos presos à carne, é preciso que se tenha nascido da carne e do pecado, permanecido no pecado e sempre na carne (Jo 3:6), mas essa vontade carnal não rege a vida daquele que confessa o Nosso Senhor. Por essa confissão e a sua lavagem pelo Sangue do Cordeiro, você quebra a homogênea comunhão da carne com a vontade do mundo e passa então a ficar sempre em linha com a vontade de Jesus e do Espírito Santo sobre a sua vida em todo o tempo.
Falar da carne (tentação) agora é falar da tentação multiplicada do Carnaval, onde podemos observar sobremaneira a clara e concreta ação dos espíritos malignos regendo a carne. Vemos também claramente sua fraqueza, sendo sacrificada pelo maligno. Vendo isso, a Igreja do Senhor não pode cruzar os braços, pois nesses quatro dias de aparente domínio do diabo sobre o homem, cegando-o de forma generalizada, é quando nós, como os "Soldados de Jesus", devemos então estar em Guerra Espiritual, em intercessão contra os espíritos malignos que regem o carnaval e em favor daqueles pecadores que estão ali fazendo suas vontades, pois devemos aproveitar a oportunidade para saquearmos o inferno e converter almas escravizadas em almas livres no Nosso Senhor Jesus Cristo (I Co 5:5). O Nosso Senhor nos vê, nos protege, nos fortifica e nos garante a vitória em todos os lugares e em todo tempo. Por isso podemos agir em oração, em intercessão, pois estamos a serviço do Rei em todo lugar e todo tempo. O Carnaval é dito como "Paixão do Brasil". De tal jargão nós não tomamos posse para o nosso País, pois a nossa Paixão é por Jesus e pelo Espírito Santo de Deus. O Carnaval é dito como "Festa da Alegria": tão pobre é esse jargão, porque essa alegria é passageira, pois estabelecem apenas alguns dias para a festa do diabo, quanto que nós somos regozijados no nosso Senhor Jesus o ano inteiro, o verdadeiro regozijo, e a liberdade é o Senhor que nos dá e também alivia o peso da nossa cruz, enquanto que aqueles que fazem a vontade da carne têm uma falsa liberdade e aumentam o peso das suas cruzes carregando fantasias nas costas e na alma, haja visto que nós não precisamos nos transfigurar, nos vestir de bicho, transviar com roupas ou nos mascarar para curtirmos a alegria do Senhor. A adoração a demônios no Carnaval é explícita e perigosa. É onde o diabo está recrutando adeptos para serem seus escravos durante o ano todo; até mesmo aquela "cinzinha" da quarta-feira não os deixa livres, [e a liberdade não ocorre] a não ser pelo arrependimento e o reconhecimento de Jesus como o seu Libertador. A adoração ao Rei da glória nos liberta para cumprirmos a vontade do Espírito Santo e não a lei do pecado (Rm 7:25), porque, se andarmos segundo a lei natural da carne, fazemos a vontade dela; mas, se repudiamos tal lei, faremos sim a vontade do Espírito Santo de Deus. O verdadeiro crente no Senhor Jesus não assiste à festa da carne pela TV, porque entende que essa maldição pode, através da tela da sua TV, adentrar no seu lar. Porque vós, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne antes pelo amor servi-vos uns aos outros. Digo, porém: Andei pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne (Gl 5:13,16). A palavra de Deus nos chama para vencermos a concupiscência (desejo exagerado de prazeres da carne). O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração dá vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos. (Lc 4:18). | Autor: Lourivaldo Luiz Ribeiro | Divulgação: estudosgospel.com.br |

Estudo Bíblico sobre A Origem do Carnaval

O Carnaval, essa festa que arrebata multidões para as ruas, promove desfiles suntuosos, comilança, excessos em geral e também muita violência, liberalidade sexual etc. Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se esbaldar com comidas e festa antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma. Veja o que a The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 nos diz a respeito: "O Carnaval é uma celebração que combina desfiles, enfeites, festas folclóricas e comilança que é comumente mantido nos países católicos durante a semana que precede a Quaresma. Carnaval, provavelmente vem da palavra latina "carnelevarium" (Eliminação da carne), tipicamente começa cedo no ano novo, geralmente no Epifânio, 6 de Janeiro, e termina em Fevereiro com a Mardi Gras na terça-feira da penitência (Shrove Tuesday)." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade) Em contra partida vemos que isso era apenas um pretexto para que os romanos e gregos continuassem com suas comemorações pagãs, apenas com outro nome, já que a Igreja Católica era quem ditava as ordens na época e não era nada ortodoxo se manter uma comemoração pagã em meio a um mundo que se dizia Cristão. "Provavelmente originário dos "Ritos da Fertilidade da Primavera Pagã", o primeiro carnaval que se tem origem foi na Festa de Osiris no Egito, o evento que marca o recuo das águas do Nilo. Os Carnavais alcançaram o pico de distúrbio, desordem, excesso, orgia e desperdício, junto com a Bacchanalia Romana e a Saturnalia. Durante a Idade Média a Igreja tentou controlar as comemorações. Papas algumas vezes serviam de patronos, então os piores excessos eram gradualmente eliminados e o carnaval era assimilado como o último festival antes da ascensão da Quaresma. A tradição do Carnaval ainda é comemorada na Bélgica, Itália, França e Alemanha. No hemisfério Ocidental, o principal carnaval acontece no Rio de Janeiro, Brasil (desde 1840) e a Mardi Gras em New Orleans, E.U.A. (dede 1857). Pré-Cristãos medievais e Carnavais modernos tem um papel temático importante. Eles celebram a morte do inverno e a celebração do renascimento da natureza, ultimamente reunimos o individual ao espiritual e aos códigos sociais da cultura. Ritos antigos de fertilidade, com eles sacrifícios aos deuses, exemplificam esse encontro, assim como fazem os jogos penitenciais Cristãos. Por outro lado, o carnaval permite paródias, e separação temporária de constrangimentos sociais e religiosos. Por exemplo, escravos são iguais aos seus mestres durante a Saturnália Romana; a festa medieval dos idiotas inclui uma missa blasfemiosa; e durante o carnaval fantasias sexuais e tabus sociais são, algumas vezes, temporariamente suspensos." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade) A Enciclopédia Grolier exemplifica muito bem o que é, na verdade, o carnaval. Uma festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa cristã, assim como fizeram com o Natal. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices e glutonaria. A Bacchalia era a festa em homenagem a Baco, deus do vinho e da orgia, na Grécia, havia um deus muitíssimo semelhante a Baco, seu nome era Dionísio, da Mitologia Grega Dionísio era o deus do vinho e das orgias. Veja o que The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 diz a respeito da Bacchanalia, ou Bacanal, Baco e Dionísio e sobre o Festival Dionisiano: "O Bacanal ou Bacchanalia era o Festival romano que celebrava os três dias de cada ano em honra a Baco, deus do vinho. Bebedices e orgias sexuais e outros excessos caracterizavam essa comemoração, o que ocasionou sua proibição em 186 dC." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade) Essa descrição da Bacchanalia encaixa como uma luva em Carnaval "Da Mitologia Romana, Baco era o Deus do vinho e da orgia. O filho de Semele e Júpiter, Baco era conhecido pelos gregos como Dionísio. Sua esposa era Ariadine." "Dionísio era o antigo deus grego da fertilidade, danças ritualísticas e misticismo. Ele também supostamente inventou o vinho e também foi considerado o patrono da poesia, música e do drama. Na lenda Órfica Dionísio era o filho de Zeus e Persephone; em outras lendas, de Zeus e Semele. Entre os 12 deuses do Monte Olimpo ele era retratado como um bonito jovem muitas vezes conduzido numa carruagem puxada por leopardos. Vestido com roupas de festa e segurando na mão uma taça e um bastão. Ele era geralmente acompanhado pela sua querida e atendido por Pan, Satyrs e Maenades. Ariadine, era seu único amor." "O Festival Dionisiano era muitas vezes orgíaco, adoradores algumas vezes superavam com êxtase e entusiasmo ou fervor religioso. O tema central dessa adoração era chamado Sparagmos: deixar de lado a vida animal, a comida dessa carne, e a bebida desse sangue. Jogos também faziam parte desse festival." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade) O Festival Dionisiano então, não parece ser a mesma coisa que a Bacchanalia e o Carnaval? Nós, os Cristãos, não devemos concordar de modo algum com essa comemoração pagã, que na verdade é em homenagem a um falso deus, patrono da orgia, da bebedice e dos excessos, na verdade um demônio. Pense nisso. | Autor: Irlan de Alvarenga Cidade | Divulgação: estudosgospel.com.br |

14/02/14

1.2 Entendendo a palavra de Deus

"Dá-me entendimento, guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei". Salmo 119.34 Todos os cristãos tem o direito e o dever não só de aprender a respeito da herança da fé ensinada pela Igreja, mas também de interpretar as Escrituras por si mesmos. A igreja de Roma, durante certa época, proibiu essa prática, alegando que os indivíduos facilmente interpretariam mal as escrituras. A Confissão de Westminster concorda que, nas Escrituras, "não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos", mas afirma também claramente a autoridade dos crentes individualmente de lerem a Bíblia por si mesmos..."não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários , podem alcançar uma suficiente compreensão delas". Os "meios ordinários"incluem princípios de interpretação tais como os que seguem. A Bíblia é inspirada por Deus, e suas palavras continuam sendo palavras de Deus, mas a Bíblia é também produto de escritores humanos. Compreender isso é essencial. Nenhuma alegoria ou outro método fantasioso que ignora o sentido original expresso do escritor será apropiada. Cada livro foi escrito, não em código, mas de um modo que pudesse ser entendido pelos leitores a quem foi dirigido. Isso é verdade mesmo a respeito de livros tais como Daniel, Zacarias e Apocalipse, que se valem principalmente de simbolismo; mas a verdade principal é sempre clara, mesmo que os detalhes sejam nebulosos. Por isso, quando entendemos as palavras usadas, o fundo histórico, as convenções culturais do escritor e de seus leitores, estamos na direção certa para entender os pensamentos comunicados. Porém uma compreensão espiritual , isto é, o discernimento da realidade de Deus, seu modo de tratar com o seu povo, sua vontade presente e o próprio relacionamento do homem com Ele não chegará a nós, a partir do texto, a menos que o véu seja removido do nosso coração e sejamos capazes de participar da própria paixão que o escritor tem por Deus( 2 Coríntios 3.16; 1 Coríntios 2.14). Devemos orar para que o Espírito de Deus gere em nós essa paixão e nos mostre Deus no texto. (Ver Salmo 119 versículos 18, 19, 26,27,33,34,73,125,144 e 169 - Efésios 1.17-19 e 3.16-19). Cada livro tomou a sua forma em um tempo específico no processo da revelação da graça de Deus. Esse tempo e lugar dever ser levados em conta quando se interpreta o texto. Os Salmos, por exemplo, apresentam o coração piedoso de qualquer época, mas expressam suas orações e louvores em termos das realidades da vida da graça antes da vinda de Cristo - Tal como a lei cerimonial, o sistema sacrificial e o papel de Israel como um reino teocrático. Cada livro procedeu da mesma mente divina; por isso o ensino dos sessenta e seis livros(66) da Bíblia é complementar e coerente. Se ainda não podemos perceber isso, a falta está em nós e não nas Escrituras. As Escrituras em parte alguma se contradizem; mais do que isso, uma passagem explica outra. Esse sadio princípio de interpretar as Escrituras pelas Escrituras é, às vezes, chamado de analogia das Escrituras ou analogia da fé. Cada livro mostra a imutável verdade a respeito de Deus, sobre o mundo e sobre a vontade de Deus para as pessoas, aplicada e ilustrada por situações particulares. O estágio final da interpretação bíblica é a reaplicação de suas verdades às situações de nossa vida hoje. Este é o modo de discernir aquilo que Deus, nas Escrituras, nos está dizendo neste momento. Exemplos de tais reaplicações são a compreensão por Josias da ira de Deus ante o fracasso de Judá em observar a sua lei(2 Reis 22 - 8-13), a argumentação de Jesus sobre Gênesis 2.24(Mateus 19.4-6) e o emprego que Paulo fez de Gênesis 15.6 e Salmo 32.1-2, para mostrar a realidade da presente justificação pela fé(Romanos 4.1-8). Nenhum significado deve ser atribuído às Escrituras que não possa, com certeza, ser encontrado nela, isto é, que não possa ser mostrado como inequivocamente por um ou mais dos escritores humanos. A observação cuidadosa e piedosa dessas regras é uma marca de todo cristão que "maneja bem a palavra da verdade"( 2 Timóteo 2.15) Fonte : Bíblia de Estudo de Genebra, página 703, Ed. Cep. Compre esta maravilhosa bíblia em http://www.cep.org.br .

1. A Bíblia

1.1 Origem da Bíblia A Bíblia não é um livro qualquer. A origem dela está em Deus, que falou através de homens separados para registrar sua Palavra. Sabemos que a questão do caráter humano das Escrituras é algo acidental ou periférico: os homens escolhidos por Deus para registrar as Escrituras eram pessoas de carne e osso, que viveram em determinado período histórico enfrentando problemas específicos. Não há lugar para nenhum docetismo: os autores secundários tiveram um papel ativo e passivo. No entanto, devemos também acentuar, e este é o nosso ponto neste texto [1], que o Espírito chamou seus servos, revelou a si mesmo e sua mensagem, dirigiu, inspirou e preservou os registros feitos por esses homens. Como afirmou Gerard Van Groningen: O Espírito Santo habitou em certos homens, inspirou-os, e assim dirigiu-os que eles, em plena consciência, expressaram-se na sua singular maneira pessoal. O Espírito capacitou homens a conhecer e expressar a verdade de Deus. Ele impediu-os de incluir qualquer coisa que fosse contrária a essa verdade de Deus. Ele também impediu-os de escrever coisa que não eram necessárias. Assim, homens escreveram como homens, mas, ao mesmo tempo, comunicaram a mensagem de Deus, não a do homem [2]. Essa compreensão, que advém das próprias Escrituras, caracteriza distintamente o cristianismo: os profetas não falaram aleatoriamente o que pensavam; antes, “testificaram a verdade de que era a boca do Senhor que falava através deles” [3]. Sobre essa questão Calvino declarou: Eis aqui o principio que distingue nossa religião de todas as demais, ou seja: sabemos que Deus nos falou e estamos plenamente convencidos de que os profetas não falaram de si próprios, mas que, como órgãos do Espírito Santo, pronunciaram somente aquilo para o qual foram do céu comissionados a declarar. Todos quantos desejam beneficiar-se das Escrituras devem antes aceitar isto como um principio estabelecido, a saber: que a lei e os profetas não são ensinos passados adiante ao bel-prazer dos homens ou produzidos pelas mentes humanas como uma fonte, senão que foram ditados pelo Espírito Santo [4]. Nas Escrituras temos todos os livros que Deus quis que fossem preservados para nossa edificação: Aquelas [epístolas] que o Senhor quis que fossem indispensáveis à sua Igreja, Ele as consagrou por sua providência para que fossem perenemente lembradas. Saibamos, pois, que o que foi deixado nos é suficiente, e que sua insignificância não acidental; senão que o cânon das Escrituras, o qual se encontra em nosso poder, foi mantido sob controle através do grandioso conselho de Deus [5]. Nota: [1] Veja, para uma perspectiva mais ampla, Hermisten M. P. Costa, Inspiração e inerrância das Escrituras: uma perspectiva reformada, Casa Editora Presbiteriana (www.cep.org.br) [2] Revelação messiânica no Velho Testamento, p. 64-65. [3] João Calvino, As pastorais, p. 262. [4] As Pastorais, p. 262. E outro lugar Calvino diz que os apóstolos foram “certos e autênticos amanuenses do Espírito Santo” (As institutas, IV.8.9). No entanto, devemos entender que Calvino usa essa expressão não para sustentar o “ditado” divino, mas para demonstrar que os apóstolos não criaram da própria imaginação sua mensagem, antes a receberam diretamente do Espírito. Ou seja, ele se refere ao resultado do registro, não ao processo em si. Entedia que Moisés escreveu os cinco livros da Lei “não somente sob a orientação do Espírito do Deus, mas porque Deus mesmo os tinha sugerido, falando-lhes com palavras de sua própria boca” (Calvin’s Commentaries, vol. III, p. 328). [5]João Calvino, Efésios, p. 86, Editora Parakletos Autor: Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa Fonte: Fundamentos da teologia reformada, pg. 42-44, Editora Mundo Cristão. Compre este Maravilhoso livro em www.mundocristao.com.br.