21/11/16

Adorando o Deus da Tecnologia

Thomas C. Simcox “Com a tecnologia, podemos mudar o mundo”. Eu estava sentado em uma sala de exames no Hospital da Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia, ouvindo meu oncologista falando sobre “os projéteis mágicos” e os novos medicamentos que, segundo os cientistas acreditam, podem erradicar muitas formas de câncer. “Você provavelmente não vai morrer por causa deste tipo de câncer”, disse-me ele. “Já chegamos tão longe e tão rapidamente que os tratamentos que você fez estão ficando obsoletos”. Certamente era uma boa notícia para mim. Embora muito feliz com esse prognóstico, não pude deixar de sentir que talvez a visão de mundo do meu médico depositava demasiada fé na ciência. Atualmente, muitas pessoas crêem que o conhecimento pode salvar o mundo. Elas acham que a ciência e a tecnologia podem vencer a enfermidade, estabilizar a economia, preservar nossos recursos naturais, estocar suprimentos de alimentos e até mesmo abolir os conflitos entre as nações e as facções religiosas. Segundo o que dizem, estamos apenas a umas meras descobertas de distância da resolução de todos os problemas do universo. De acordo com esta visão de mundo, tudo o que a humanidade precisa para obter a Utopia na Terra pode ser gerado por sábios em tecnologia e cientistas, pessoas com um espírito de “podemos fazer”, que acreditam que, se você é capaz de sonhar, é capaz de realizar. Portanto, quem precisa de Deus? Em vez de adorarem o Criador, eles adoram o trabalho tecnológico de suas próprias mãos. Essa filosofia pode muito bem se tornar o verdadeiro centro da mensagem a ser pregada durante a futura Tribulação de sete anos. A besta tecno vem aí Duas bestas distintas aparecem em Apocalipse 13. João, o apóstolo, escreveu: “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. (...) Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão” (v.1,11). A besta que emergiu do mar é o pseudo-messias, o Anticristo. Seu surgimento do mar provavelmente significa que ele vem do mundo gentílico. O Dr. David Jeremiah, professor de Bíblia, explica: “No imaginário bíblico, o mar significa a massa em geral da humanidade, ou, mais especificamente, as nações gentias”.[1] A segunda besta é o Falso Profeta. Seu advento, emergindo da terra, contrasta-o com a besta que emerge do mar e pode significar que ele é judeu. J. Hampton Keathley III, estudioso da Bíblia, disse que a terra “pode simbolizar a nação de Israel, que é constantemente relacionada com a terra nas Escrituras”.[2] O trabalho do Falso Profeta é atrair adoração à primeira besta. O desejo de Satanás é ser Deus (Is 14.12-14). Parece que, no futuro, seu objetivo chegará perto de ser realizado. O Falso Profeta exercerá “toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta” (Ap 13.12). Ele seduzirá “os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta” [o Anticristo] (v.14). Depois, lhe é dado “comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta” (v.15). Este feito será realizado através de meios únicos, singulares. Em 1964, Walt Disney desvendou uma maravilha tecnológica na Feira Mundial de Nova Iorque. Era uma representação de Abraão Lincoln que se movia, falava, e, até mesmo, estava sentado e ficou em pé. Disney chamou essa nova forma de animação de Audio-Animatronics. O homem havia encontrado uma maneira de fazer um objeto inanimado se mover, falar e exibir expressões faciais, usando uma forma especial de robótica. Hoje, na Walt Disney World e na Disneylândia, podemos ver todos os tipos de objetos inanimados, feitos pelo homem, milagrosamente receberem vida através da Audio-Animatronics. Ainda resta-nos ver até onde a tecnologia avançará antes que venha o tempo em que a realista e convincente imagem da besta fará sua entrada no palco dos acontecimentos. A imagem é reminiscente da estátua gigantesca erigida pelo rei Nabucodonosor, da Babilônia, descrita em Daniel 3. Nabucodonosor deu ordens para que todos se ajoelhassem diante da imagem ou morreriam. Esta efígie futura irá um passo adiante: Parecerá viva. O Falso Profeta iludirá grande parte da humanidade a crer que ele tem poder para criar vida. É um milagre, ou é ciência e tecnologia? 666: a Marca da Besta Esse mestre do engano finalmente obrigará “a todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos [a receberem] certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte” (Ap 13.16). A marca os identificará com o Anticristo. Sem ela, “ninguém [poderá] comprar ou vender” (v. 17). Essa marca da Besta é “o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” (v.18). Durante décadas, as pessoas têm especulado sobre essa marca perigosa e misteriosa. Ninguém sabe exatamente o que ela é ou como ela será aplicada à carne humana. O Dr. David Jeremiah escreveu: Os poderes governantes geralmente possuem uma insígnia identificadora – a Alemanha nazista tinha sua cruz suástica; a União Soviética tinha a foice e o martelo. A idéia em si remonta aos tempos da história antiga. Babilônia, a primeira potência gentílica, era simbolizada por um leão com asas de águia (Dn 7.4). (...) Volumes e mais volumes já foram escritos com idéias fantasiosas que tentam identificar essa marca. Alguns a identificaram com cartões de crédito, chips de computadores, códigos de barra, até mesmo com nomes de determinadas pessoas (Adolf Hitler ou Saddam Hussein). Ninguém sabe dizer exatamente que forma a marca da Besta terá, mas o número seis parece ser importante. (...) O número seis é o número do homem. A humanidade foi criada no sexto dia e recebeu a ordem para trabalhar durante seis dias. O número 666 é o número do homem – triplicado. (...) Talvez o número da Besta represente a extrema e final oposição a Deus.[3] Talvez o número seis também represente o melhor que o homem tem a oferecer – aquilo que ele mais valoriza ou em que mais confia, acima de tudo: sua habilidade para criar novas maravilhas da ciência e tecnologia extraídas das profundezas de sua própria mente. Parece que, atualmente, muitas pessoas quase que deificam a ciência e a capacidade do homem de fazer os materiais na Terra se adaptarem à vontade humana. Elas crêem que está dentro de seu poder controlar a vida completamente, e, arrogantemente, desafiam a Deus. O Anticristo tipificará esse espírito de arrogância e de rebelião. Uma espada de dois gumes Logicamente a ciência e a tecnologia não são inerentemente más. Muitos avanços são bons e úteis. Eu claramente prefiro os “projéteis mágicos” de meus médicos do que todo tipo de quimioterapia que fui forçado a suportar. Mas nem a ciência nem a tecnologia vencerão a enfermidade e a morte, embora estejam tentando vigorosamente. E a mesma tecnologia da qual as pessoas podem depender para se salvar poderia finalmente ser usada para caçá-las e destruí-las. Por exemplo, a Associated Press relatou que um chip de computador do tamanho de um grão de arroz pode ser implantado em seu braço com informações vitais sobre sua história médica, e isto pode salvar sua vida. “Com a picada de uma seringa, o microchip é inserido debaixo da pele em um procedimento que dura menos de 20 minutos e que não leva pontos. Silenciosa e invisivelmente, o chip escondido possui um código que libera informações específicas sobre o paciente quando um scaner passa sobre ele”.[4] E aqui está o problema. Esses microchips também dariam à pessoa com o scaner certo acesso a todas as suas informações pessoais. No fim, o chip que salvaria sua vida se torna um dispositivo de rastreamento capaz de monitorar todo e qualquer passo que você der. Bíblia afirma que, sem a marca da besta, ninguém poderá comprar ou vender. Presume-se que, da mesma forma, ninguém poderá receber cuidados de saúde. Falta apenas um pequeno passo entre rastrear a saúde da pessoa e rastrear seus movimentos e, subseqüentemente, rastrear todos os aspectos de sua vida pessoal. Parece que a marca está ligada ao futuro da economia mundial. Hoje, os bancos podem rastrear as pessoas através do uso dos cartões de crédito e débito. Podemos ser rastreados a partir de nossos cada vez mais sofisticados telefones celulares e até mesmo através dos convenientes coletores eletrônicos de pedágio em nossos carros. Aqueles que recusarem a marca acharão a vida horrivelmente difícil. Infelizmente, todo o mundo seguirá a Besta: “e adoraram o dragão [Satanás] porque deu a sua autoridade à besta” (Ap 13.3-4). E o governo buscará matar a qualquer um que adore o verdadeiro Deus vivo. Em nossos dias, o mundo confia mais e mais em sua habilidade de resolver problemas, de corrigir todos os erros e de criar uma sociedade perfeita, saudável, utópica. Muitos adoram os deuses tecnológicos e zombam do Deus que se assenta nos céus. Embora a ciência possa ajudar as pessoas a viver mais e proporcionar-lhes mais dispositivos, implementos, medicamentos e amenidades, ela nunca será capaz de apagar os efeitos do pecado. As pessoas ainda ficarão doentes, morrerão, roubarão e assassinarão umas às outras. Nem a ciência nem a tecnologia podem produzir a vida eterna. Esse domínio pertence exclusivamente a Deus. Na verdade, muitos de nossos avanços vêm com suas conseqüências. Inventamos maneiras de preservar os alimentos, mas, para tanto, freqüentemente são usados elementos químicos maléficos. Inventamos o ar condicionado, mas ele supostamente destrói o ozônio. Inventamos os carros, mas eles aparentemente envenenam o ar. A humanidade não consegue curar nem consertar o mundo. Essa tarefa pertence ao Senhor. Ele voltará para este planeta e colocará as coisas de volta no lugar onde elas deveriam estar: “Porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Is 2.3-4). Nesse dia, as pessoas já não adorarão a obra de suas mãos: “Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos” (Zc 14.16). Eles adorarão o Deus de Israel, o Messias, que os salvou! (Thomas C. Simcox — Israel My Glory — Chamada.com.br) Notas: Dr. David Jeremiah, The Jeremiah Study Bible (Bíblia de Estudo Jeremiah), (Brentwood, TN: Worthy Publishing, 2013), 1,854 n Revelation 13:1. J. Hampton Keathley, III, Studies in Revelation,?“The Beast and the False Prophet (Rev 13:1-18)”?(Estudos no Apocalipse: A Besta e o Falso Profeta (Ap 13.1-18)), www.tinyurl.com/Bible-org-JHK. Jeremiah, “FYI: The Mark of the Beast” (A Marca da Besta), 1,855. The Associated Press, “FDA approves computer chip for humans” (A FDA aprova o chip de computador para seres humanos), NBCNews.com, 13 de outubro de 2004, www.tinyurl.com/ricechip. Extraído de Revista Chamada da Meia-Noite março de 2015 Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos mundiais e muito mais. Veja como a Bíblia descreveu no passado o mundo em que vivemos hoje, e o de amanhã também